segunda-feira, 14 de abril de 2008

O LUGAR MAIS INCRÍVEL ATÉ HOJE - PARTE I

Esse banho foi a melhor viagem da minha vida... ATÉ HOJE!
Essa viagem me deu a certeza de que, tenho dinheiro para viajar confortavelmente e fazer o que quero, mas nada paga uma aventura bem vivida...muitas vezes é melhor pagar menos é viver mais!
Hoje comecei uma semana com a energia em alta. Quando voltei de São Paulo, depois que soube que Marinho faleceu, resolvi resgatar as pessoas importantes que participaram da minha vida, com as quais perdi o contato (as viagens trazem reflexão!). Essa semana dois deles responderam meus contatos meu primeiro namorado (15 anos atrás) e Bene (quase 2 anos e vários países atrás). Isso me fez pensar no lugar mais incrível em que estive até hoje: PARQUE NACIONAL LENÇÓIS MARANHENSES (agosto-2006). Aliás, o estado do Maranhão tem algo de liberdade que ainda não senti em outro lugar. Mas da minha viagem para o Maranhão não dá para contar tudo de uma vez: foi muito louca! Então, começaremos por Lençóis (e por partes). Fui com um amor que se tornou amigo durante a viagem e até hoje um dos queridos e grande parceiro de viagem que tenho: Fábio Wesley (depois dessa já estivemos juntos em Brasília, Boa Vista, Venezuela e Montes Claros - no Maranhão as fotos incríveis da viagem são dele). Pense em uma pessoa maravilhosa para viagens! Para viagens, descobertas, parcerias e amizade... para amor em hipótese nenhuma (para mim e ele é claro!) .
Depois de quatro dias em São Luís, telefonamos para uma van indicada por amizades que fizemos na capital. Essa van nos pegava na pousada e levava até o ônibus que nos transportou, por três horas, por uma estrada bem pavimentada e com uma paisagem recheada de babaçus, buritis, carnaúbas e restingas (com vegetação preservada). No ônibus fizemos amizade com um casal de italianos - Benedetta e Mathia (Bene me procurou hoje).
Chegamos em Barreirinhas. A cidade não é bonita. Pelo contrário, você sente no ar a exploração desenfreada do Parque Nacional. Cheia de obras, um trânsito sem ordem, pessoas te cercando. Saiam correndo de lá, apesar da orla "bonitinha". Ainda bem que a Érica não é mais gerente do parque, por mais desafiante que fosse (eu acharia pelo menos). O "sistema" consome e com certeza não valia a casa dela invadida por pessoas com outros interesses e a vida da família dela ameçada. Ela tomou a decisão certa - IBAMA Brasília. Lembrando: peguei todas as dicas sobre Lençóis com meu amigo Luighi (Curitiba), biólogo, que morou em Atins. Descemos na "rodoviária" e fomos direto atrás do barco para irmos para Atins (povoado "encantado" da entrada do parque).
Peguem o "barco de linha" para descer o Rio Preguiças (R$ 5,00), vale conversar com os pescadores e com o dono do barco. O Fa começou a conversa, bebeu pinga com eles (só um pouquinho). Quando eu fui pegar um "trago", eles me disseram que "mulher só bebe coca-cola". E olha que o Fa falou que eu "dava um banho neles"! Conversa vai, conversa vem... eu bebi dois "tragos" e queriam que eu continuassem na "roda de conversa a todo custo". Dei uma desculpa e "saí fora". Com certeza aprendi várias histórias locais, ganhei pinga de caju e a promessa de que se alguém fizesse "algum mal" com a gente era só avisar para o "Dagoberto e e Seu Gilvan - a gente sabe o que faz". No dia seguinte fomos visitar o Dagoberto e a família. Nos receberam lindos! Mas isso é na Parte II,
O barco vai devagar, para nos povoados Caburé, Mandacaru e Atins. Em Mandacaru tem um farol da marinha, de onde se tem essa visão (e olhe que isso é amostra grátis!).















Chegando em Atins fomos para a casa da Tia Rita. Ela faz a famosa hospedagem "café e cama" - você dorme nos quartos (tem suíte também) da casa, come o que os donos comem (café, queijo, pão, suco de caju, beiju, peixe) e vive o dia-a-dia deles. Eu, Fa, Bene e Mathi optamos por acampar. Não pelo preço (R$ 15,00 a diária do quarto, com banheiro, para cada um), mas pelo simples fato de acampar nos Lençóis. Perguntamos a Tia Rita quanto era para acampar: "é só vocês me deixarem um agrado" (ela disse que o costume era pagar R$ 5,00 reais por barraca, por dia; pagamos R$ 7,00, por pessoa e por dia - fica justo e continua dando oportunidade para outros). No restaurante em frente a Tia Rita, o prato com camarões graúdos e algumas cervejas deu R$15,00 para cada um. Se come bem, e não passa desse preço (lembrando - agosto - com lagoas - mas fora de temporada).
Aprendi que em pouco tempo as pessoas podem ser verdadeiras ou não. Já vai fazer quase dois anos e eu e Bene não deixamos de conviver uma com a outra. Ela na Itália e Eu aqui. As afinidades são universais. Independente de costume, cultura, hábito, território... existem! As viagens permitem isso.

AH! Esses são Bene e Mathi. Parecem atriz e ator de filme italiano. São lindos de corpo, alma e coração.


No dia seguinte o passeio... que fica para amanhã.